terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O BODE EXPIATÓRIO




                                     




                                    O BODE EXPIATÓRIO


O bode Galeguinho pagou o pato,
virou bode expiatório
e foi despejado,
coitado. 

Era o guarda da empresa de fachada
do deputado,
agora foi para a rua.
Castigado sem dó nem piedade,

passa o dia amarrado a uma árvore
(de noite vai para a casa da dona Maria
dormir com os cinco filhos dela).
Coitado do bode Galeguinho,

pagou o pato do deputado.
É um bode tão simpático,
não merecia 
essa desfaçatez.

O deputado se empaturra com os milhões
e o Galeguinho,
coitado,
paga o pato amarrado embaixo de uma árvore. 





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